segunda-feira, junho 26, 2006

Flow my tears, the policeman said.

Olhares vivos, lépidos!
Olhos que me fitam,
me vêem, me olham.

Olhos sedentos, sangrentos,
de sangue tem sede.
Famintos de vida, alheia.

Olhos introspectivos, sondas
interiores.
Carentes de profundezas
internas.
Fitam-me dizendo: entre, não saia !

Vislumbro trevas interiores,
horrorizo-me.
Busco janelas à alma, ainda
em vão.
Janelas por onde penetre
luz.

Olhares lacrimejantes,
de lágrimas lavados.
Derramadas em torpor e horror.

Interiores retorcidos em
preversidades da alma.
Alma sangrenta em lágrimas.

Temores vislumbrados
em espírito atormentado
por pretéritas sombras.

Terra de sombrios seres,
que lançam-se pelas
janelas da alma.

Em vão.

Buscando a luz subjugar,
lançados em torvelinho
para nunca mais voltar.

Um corpo caído no chão,
pequeno, frágil, sereno.
Liberto de ignotos tormentos,
apenas vislumbrados em seus
olhos azuis.

Um homem parado, em pé
sob a chuva fina.
Indirerente a água gelada,
que com suas lágrimas se une,
imune ao vento frio e cortante.
Sua boca se move, palavras são murmuradas.

Flow my tears, the policeman said.

Autor : Kleverson

Poema livremente inspirado no livro que dá título ao poema, escrito por Philip K. Dick., escritor de grande talento no ramo da ficção científica.



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