segunda-feira, maio 29, 2006

Inesquecível !

Podem falar o que quiserem, cantarem vitória, pularem, o que quiserem, mas o Flusão dá conta do recado. Ainda é o maior e o melhor clássico do futebol carioca e, como na maioria das vezes, venceu o melhor!

Afinal, qual é o clube que é cantado até pelos maiores adversários ?

Hino do Flamengo
Lamartine Babo


Uma vez Flamengo
Sempre Flamengo
Flamengo sempre eu hei de ser
É o meu maior prazer
Vê-lo brilhar
Seja na terra
Seja no mar
Vencer! Vencer! Vencer!
Uma vez Flamengo
Flamengo até morrer

Na regata ele me mata
Me maltrata, me arrebata
Que emoção no coração!
Consagrado no gramado
Sempre amado, o mais cotado
Nos Fla-Flus é um ai, Jesus!

Eu teria
Um desgosto profundo
Se faltasse
O Flamengo no mundo
Ele vibra, ele é fibra
Muita libra já pesou
Flamengo até morrer
Eu sou!



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segunda-feira, maio 22, 2006

Amar, uma decisão consciente.

Quatorze de maio, um por de sol de uma linda tarde de outono emoldura um rosto que me cativa mais a cada momento de cada dia. Te olho atraído mais e mais por uma mulher que me fascina com seus gestos, suas expressões e seus movimentos. Me sentindo como um adolescente, após meses de ansiosa espera, finalmente consigo um momento a sós contigo para te dizer como você me atrai. Percebo vocês surpresa por algo que não esperava, mas que aparentemente não te desagrada. Porém me diz que nós somos amigos, que você no momento não quer iniciar um relacionamento, pois não sente-se pronta para um novo envolvimento. Você me diz que eu vou conhecer uma menina de quem gostarei, mas o que eu respondo é que não quero uma menina. Eu quero uma mulher, madura em sua vivência, não uma garota. Eu quero você , uma mulher cuja face não esconde que o tempo passa para todos nós, mas que revela que em cada detalhe do seu rosto ele a torna cada dia mais bela. Mesmo me sentindo um garotinho de banco escolar, a cada dia você me atrai mais, mulher, madura em sua idade, plenamente vivida em seus momentos alegres ou de intensa tristeza.
Como seu amigo pude partilhar um pouco da imensidão da sua dor, compartilhar de seu coração como amigo. Aqui é que acontece a mudança que mexe com meus sentimentos: não te quero apenas mais como minha amiga. Te quero, te desejo como mulher, minha mulher. Quero a oportunidade de compartilhar minha vida contigo. Desejo ter a chance de poder fazer com que você volte a ser feliz, desejo ser feliz junto a você, poder fazer com que volte a brilhar esse sorriso lindo em seu rosto. Sei que não será fácil, mas quero, preciso que você nos dê essa oportunidade, nos permita correr esse risco. Você merece ser feliz novamente. Claro, como eu mesmo te falei, sei que a morte não te separou do teu amor. Sempre terei de dividi-la com ele, pois sempre estará em seu coração, mas tenho de saber conviver com essa relação a três, pois ele fará parte da sua vida eternamente, com ele você foi feliz, te deu filhos lindos e nunca te deixará.
Não sei se você mudará sua decisão, mas sei que resolvi não desistir, pois escolhi te amar, se você nos permitir essa chance de sermos felizes juntos, nós seremos felizes, até que Deus nos separe. Precisamos nos dar essa oportunidade em nossas vidas pois podemos ser felizes juntos. Não tenho muito a te oferecer além do meu carinho e dos meus sentimentos, mas sei que são verdadeiros e que podemos construir uma nova vida juntos.

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segunda-feira, maio 15, 2006

Perfeição.

Muitos na tola ilusão de negarem a inspiração divina da Bíblia agarram-se a argumentos de que a palavra de Deus foi editada, omitindo os defeitos de seus personagens. Alegam que os personagens bíblicos não tem profundidade pois não teriam existido realmente face ao que apresentaram em suas personalidades. Mas o texto abaixo leva-nos à reflexão, pense nisto.

Da próxima vez que achar que Deus não pode usar você, lembre-se:


Abraão era velho demais,
Isaque sonhava acordado,
Jacó era um mentiroso,
Lia era feia,
José sofreu maus tratos,
Moisés tinha um problema de gagueira,
Gideão era medroso,
Sansão era cabeludo e mulherengo,
Raabe era uma prostituta,
Jeremias e Timóteo eram jovens demais,
Davi teve um caso e era um assassino,
Elias era um tipo suicida,
Isaías pregou nu,
Jonas fugiu de Deus,
Noemi era viúva,
Jó foi à falência,
Pedro negou a Cristo,
Os discípulos dormiram enquanto oravam,
Marta se preocupava com tudo,
Maria Madalena era..., bem, você sabe,
A mulher samaritana foi divorciada mais de uma vez,
Zaqueu era baixinho demais,
Paulo era religioso demais da conta,
Timóteo tinha úlcera,
e Lázaro..., estava morto !
Então, chega de desculpas !
Deus pode usar você em todo o seu potencial.

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quarta-feira, maio 10, 2006

Aromas

Aromas Cheiros Odores
Perfumes Fedores Fragâncias


Aromas de especiarias de
terras distantes.
Cheiro de terra molhada
na caatinga.
Odor de um passado
distante.
Perfume de um presente
não tão distante, poucos
centímetros e uma
paixão.
Fedor de vidas sujas e
não passadas a limpo.
Fragâncias de pequenos
momentos de vida em
crescimento.
Vidas em direção a
aromas de terras não
tão distantes,
com cheiro e súor
de novas peles e novas
sensações.

Odor de exóticas madeiras,
perfume de cores em
flores alienígenas a
nossos sentidos.
Fedor de novas mortes
e novos mortos.
Fragâncias de corpos
humanos no sexo,
espíritos sem cheiro
em corpos suarentos,
envólucros malcheirosos com
pretéritos odores perdidos
na memória.

Em todos os continentes
do mundo, em todos os mundos
das estrelas ande
o homem chegar,
na vida e na morte,
seus aromas o
seguirão.
A vida tem o cheiro
da morte,
a morte o aroma
da vida...
que se foi.

Autor: kleverson

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João















Trem lotado, marmita na mão,
em dia de frio e nevoeiro.
Assim apressado e ligeiro,
chegou correndo João.

Nem bem entrou, a porta fechou,
trancando sua cara amassada
em meio a multidão enlatada.
Com o suave balanço até cochilou.

Em sua cabeça dançando
estavam de criança lembranças.
Como Carla e suas tranças,
menina, em sua casa brincando.

Eia que bruta solavanco !
De chofre para o trem na estação,
no colo da velhinha quase cai João.
Perdão, não deu pra segurar o tranco !

Eis que para a composição.
João salta e segue seu caminho,
absorvido na fervilhante multidão.

Rápido subiu no onibus lotado,
a carteira procurou.
Droga, logo hoje fui roubado !

Com o cobrador desenrolou,
para a viagem prosseguir.
Assim no trabalho chegou.

Do chefe foi ouvindo,
a bronca pelo atraso.

Na cara foi tinindo
mas ele não fez caso.

Trabalhando, logo tá na hora do rango !

Arroz com feijão
e um disco voador.

Não tá mole não !
Uma dureza de horror.

Que doce apito afinal,
trabalho agora só segunda.
Finalmente em casa com o pessoal !

Êta trem atrasado,
vou sair com a Raimunda
no primeiro feriado.

No balanço do trem,
João só dormitando,
cansado como ninguém.

Depois de duas horas de viagem,
andando pela rua,
olhando uma baita lua
e todo doído de friagem.

Em casa chega João,
sua filha Carla vem correndo,
seus doces logo querendo,
mal o pai vê no portão.

Um beijo em sua filha
todo o cansaço vencendo,
a longa escada descendo,
querendo logo vêr a família.

O despertador a berrar,
danada de vida dura.
Chave na fechadura,
já vai João trabalhar !

Autor : Kleverson

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O Corvo



Existe um poema que, desde que foi escrito e veio à luz, tem causado impacto e admiração em todos que o lêem, seu nome é The Raven(O Corvo) , de Edgar Allan Poe . Um poema que encontra repercussão em todas as épocas e em todas as línguas, inclusive o português, ou curiosidades como o esperanto, até mesmo influenciando a vida de pessoas, como a Anne Varnes. Uma das mais apreciadas traduções para o português é a de Milton Amado, que apresento a seguir:

O CORVO
Edgar Allan Poe (translated by Milton Amado)

Foi uma vez: eu refletia, à meia-noite erma e sombria,
a ler doutrinas de outro tempo em curiosíssimos manuais,
e, exausto, quase adormecido, ouvi de súbito um ruído,
tal qual se houvesse alguém batido à minha porta, devagar.
"É alguém" - fiquei a murmurar - "que bate à porta, devagar;
sim, é só isso e nada mais".

Ah! claramente eu o relembro! Era no gélido dezembro
e o fogo, agônico, animava o chão de sombras fantasmais.
Ansiando ver a noite finda, em vão, a ler, buscava ainda
algum remédio à amarga infinda, atroz saudade de Lenora
- essa, mais bela que a aurora, a quem nos céus chamam Lenora
e nome aqui já não tem mais.

A seda rubra da cortina arfava em lúgubre surdina,
arrepiando-me e evocando ignotos medos sepulcrais.
De susto, em pávida arritmia, o coração veloz batia
e a sossegá-lo eu repetia: "É um visitante e pede abrigo.
Chegando tarde, algum amigo está a bater e pede abrigo.
É apenas isso e nada mais".

Ergui-me após e, calmo enfim, sem hesitar, falei assim:
"Perdoai-me, senhora, ou meu senhor, se há muito aí fora me esperais
mas é que estava adormecido e foi tão débil o batido,
que eu mal podia ter ouvido alguém chamar à minha porta,
assim de leve, em hora morta". Escancarei então a porta:
- escuridão e nada mais.

Sondei a noite erma e tranqüila, olhei-a fundo, a perqueri-la
sonhando sonhos que ninguém, ninguém ousou sonhar iguais
Estarrecido de ânsia e medo, ante o negror imoto e quedo,
só um nome ouvi (quase em segredo eu o dizia) e foi: "Lenora!"
E o eco, em voz evocadora, o repetiu também: "Lenora!"
Depois, silêncio e nada mais.

Com a alma em febre, eu novamente entrei no quarto e, de repente,
mais forte, o ruído recomeça e repercute nos vitrais.
"É na janela" - penso então - "Por que agitar-me de aflição?
Conserva a calma, coração! É na janela, onde, agourento,
o vento sopra. É só do vento esse rumor surdo e agourento.
É o vento só e nada mais."

Abro a janela e eis que, em tumulto, a esvoaçar, penetra um vulto:
- é um Corvo hierático e soberbo, egresso de eras ancestrais.
Como um fidalgo passa, augusto e, sem notar sequer meu susto,
adeja e pousa sobre o busto - uma escultura de Minerva,
bem sobre a porta; e se conserva ali, no busto de Minerva,
empoleirado e nada mais.

Ao ver da ave austera e escura a soleníssima figura,
desperta em mim um leve riso, a distrair-me de meus ais.
"Sem crista embora, ó Corvo antigo e singular" - então lhe digo -
"não tens pavor. Fala comigo, alma da noite, espectro torvo,
qual é teu nome, ó nobre Corvo, o nome teu no inferno torvo!"
E o Corvo disse: "Nunca mais."

Diversa coisa não dizia, ali pousada, a ave sombria,
com a alma inteira a se espelhar naquelas sílabas fatais.
Murmuro, então, vendo-a serena e sem mover uma só pena,
enquanto a mágoa me envenena: "Amigos ? sempre vão embora.
Como a esperança, ao vir a aurora, ele também há de ir-se embora."
E disse o Corvo: "Nunca mais."

Vara o silêncio, com tal nexo, essa resposta que, perplexo,
julgo: "É só isso o que ele diz; duas palavras sempre iguais.
soube-as de um dono a quem tortura uma implacável desventura
e a quem, repleto de amargura, apenas resta um ritornelo
de seu cantar; do morto anelo, um epitáfio: - o ritornelo
de "Nunca mais, nunca mais."

Como ainda o Corvo me mudasse em um sorriso a triste face,
girei então numa poltrona, em frente ao busto, à ave, aos umbrais
e, mergulhado no coxim, pus-me a inquirir (pois, para mim,
visava a algum secreto fim) que pretendia o antigo Corvo,
com que intenções, horrendo, torvo, esse ominoso e antigo Corvo
grasnava sempre: "Nunca mais."

Sentindo da ave, incandescente, o olhar queimar-me fixamente,
eu me abismava, absorto e mudo, em deduções conjeturais.
Cismava, a fronte reclinada, a descansar, sobre a almofada
dessa poltrona aveludada em que a luz cai suavemente,
dessa poltrona em que ela, ausente, à luz que cai suavemente,
já não repousa, ah! nunca mais ?

O ar pareceu-me então mais denso e perfumado, qual se incenso
ali descessem a esparzir turibulários celestiais.
"Mísero!" - exclamo - "Enfim teu Deus te tá, mandando os anjos seus,
esquecimento, lá dos céus, para as saudades de Lenora.
Sorve o nepentes. Sorve-o, agora! Esquece, olvida essa Lenora!"
E o Corvo disse: "Nunca mais."

"Profeta!" - brado - "Ó ser do mal! Profeta sempre, ave infernal
que o Tentador lançou do abismo, ou que arrojaram temporais,
de algum naufrágio, a esta maldita e estéril terra, a esta precita
mansão de horror, que o horror habita, - imploro, diz-mo, em verdade:
Existe um bálsamo em Galaad? Imploro! diz-mo, em verdade!"
E o Corvo disse: "Nunca mais."

"Profeta!" - exclamo - "Ó ser do mal! Profeta sempre, ave infernal!
Pelo alto céu, por esse Deus que adoram todos os mortais,
fala se esta alma sob o guante atroz da dor, no Éden distante,
verá a deusa fulgurante a quem nos céus chamam Lenora,
- essa, mais bela do que a aurora, a quem nos céus chamam Lenora!"
E o Corvo disse: "Nunca mais!"

"Seja isso a nossa despedida!" - ergo-me e grito, alma incendiada. -
"Volta de novo à tempestade, aos negros antros infernais!
Nem leve pluma de ti reste aqui, que tal mentira ateste!
Deixa-me só neste ermo agreste! Alça teu vôo dessa porta!
Retira a garra que me corta o peito e vai-te dessa porta!"
E o Corvo disse: "Nunca mais!"

E lá ficou! Hirto, sombrio, ainda hoje o vejo, horas a fio,
sobre o alvo busto de Minerva, inerte, sempre em meus umbrais.
No seu olhar medonho e enorme o anjo do mal, em sonhos, dorme,
e a luz da lâmpada, disforme, atira ao chão a sua sombra.
Nela, que ondula sobre a alfombra, está a minha alma: e, presa à sombra,
não há-de erguer-se, ai! Nunca mais!

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