sexta-feira, junho 30, 2006

Brasas verdes

Esses olhos que me queimam
como duas brasas verdes.
Essas mãos que me tocam
como suaves folhas verdes.

O toque dos seus braços
me incendiando como fogo,
me preparando para o jogo
quente e doce dos seus abraços.

As curvas do seu corpo esguio,
como colinas e vales côr-de-rosa,
me guiam sem desvios
até sua boca deliciosa.

Após o auge do amor
te vejo adormecida
e te beijo com ardor.

Você geme baixinho
e me olha divertida,
ronronando como gatinha.

Te dou um beijinho
logo de manhã
e me levanto de mansinho.

Tomo correndo meu café,
pois hoje vou a pé.

Assobiando bem baixinho,
saltitando pelo caminho.

Chego as sete em ponto,
bato meu cartão e pronto.

Começo bem humorado,
mais um dia de casado.

Escrito em 30.09.81

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Lágrimas.

Olho para ti,
não vejo a ninguém.
Tola ilusão de quem tem medo.

Arrependido ? Não ! Nunca !
Porém, só e vazio.

A espera das lágrimas,
e de algo mais...

Poema escrito em 1981.



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Vida

Maravilha eterna
Sintonizados no som universal,
Dançando em honra da vida.
Sinto a música impregnando meu ser.
Após o auge da melodia,
Olho para você e sinto o tempo parar.
O amor maior trepidando em meu coração.

Transformo meu amor em palavras,
Tangíveis, trepidantes e calorosas.
Meu amor por você transborda
Em emoções ardentes e incontroláveis.
Esperanças desfeitas por sua bela voz.

Continua em mim a chama do amor,
Iluminando e aquecendo minha vida.
Construo meu castelo de esperanças.
Meu coração lhe pertence e o seu a outro.
Mas se nosso desencontro será eterno,
Somente o tempo e o seu coração dirão.
Te ano e continuarei te amando.

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Holocausto !

O sangue dos inocentes
clama do alto da ferida,
como gotas quentes
de água colorida.

Hiroxima, Hiroxima !
Nas páginas da história.
Hiroxima, Hiroxima !
Grita bem alto à memória.

Holocausto à deusa da morte
o homem feriu a terra,
para mostrar que é forte,
o homem criou a guerra.

Nagasáki, Nagasáki !
Destruição por ele criada.
Nagasáki, Nagasáki !
A morte contra ele voltada.

Escrito em 30.10.80.


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Brumas do passado.

A vida é deveras interessante, pincipalmente quando levanta a poeira e traz das brumas do passado lembranças que já não ecoavam nos corredores silenciosos do tempo. Hoje encontrei perdido no meio de muito pó e livros velhos um velho caderno com rabiscos antigos e decidi presentear a humanidade com tão valioso acervo de tempos antigos e imemoriais.... Riam mesmo, muito, afinal piada tem de ter graça !

Utopia

Amor, Amor,
Amor Amado.
Amor que Ama,
Amor sem Ódio.
Amor sem Brigas,
Amor na Tristeza.
Amor na Alegria,
Amando e sendo Amado !

Poema escrito em 25.03.80

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segunda-feira, junho 26, 2006

Flow my tears, the policeman said.

Olhares vivos, lépidos!
Olhos que me fitam,
me vêem, me olham.

Olhos sedentos, sangrentos,
de sangue tem sede.
Famintos de vida, alheia.

Olhos introspectivos, sondas
interiores.
Carentes de profundezas
internas.
Fitam-me dizendo: entre, não saia !

Vislumbro trevas interiores,
horrorizo-me.
Busco janelas à alma, ainda
em vão.
Janelas por onde penetre
luz.

Olhares lacrimejantes,
de lágrimas lavados.
Derramadas em torpor e horror.

Interiores retorcidos em
preversidades da alma.
Alma sangrenta em lágrimas.

Temores vislumbrados
em espírito atormentado
por pretéritas sombras.

Terra de sombrios seres,
que lançam-se pelas
janelas da alma.

Em vão.

Buscando a luz subjugar,
lançados em torvelinho
para nunca mais voltar.

Um corpo caído no chão,
pequeno, frágil, sereno.
Liberto de ignotos tormentos,
apenas vislumbrados em seus
olhos azuis.

Um homem parado, em pé
sob a chuva fina.
Indirerente a água gelada,
que com suas lágrimas se une,
imune ao vento frio e cortante.
Sua boca se move, palavras são murmuradas.

Flow my tears, the policeman said.

Autor : Kleverson

Poema livremente inspirado no livro que dá título ao poema, escrito por Philip K. Dick., escritor de grande talento no ramo da ficção científica.



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